São Bento do Sul
Projeto
do Sesc, apoiado pela Fundação Cultural, que mostrou aos são-bentenses um banda
de congo do Espírito Santo, agora apresenta um quarteto carioca pelo Sonora
Brasil/Sagrados Mistérios. A apresentação é hoje à noite, no Centro Social da
Igreja Matriz. Trata-se do Quarteto Colonial, do Rio de Janeiro.
A
expressão “música sacra” designa a música erudita da tradição religiosa
judaico-cristã, mas em sentido mais amplo também relaciona a música religiosa
presente em cultos de outras religiões. Encontra-se essa denominação desde a
Idade Média, quando se buscou definir uma forma distinta para as composições
relacionadas às missas e outras práticas religiosas, tendo o canto gregoriano como
uma de suas expressões mais antigas e reconhecidas.
Em
todos os períodos da história da música ocidental encontramos exemplos de
repertório composto para a função religiosa ou para concertos a partir das
referências dessa música funcional. Palestrina, Monteverdi, Vivaldi, Bach,
Mozart, Gounod, Penderecki e tantos outros podem ser citados como exemplos em
âmbito mundial. No Brasil, Lobo de Mesquita, Padre José Maurício Nunes Garcia,
Camargo Guarniere, João Guilherme Ripper, Ernani Aguiar e Almeida Prado são
destaques. Os salmos, os motetes, as missas e os réquiens, principais formas
representativas da música sacra, tinham na voz um elemento fundamental em sua
representação.
Coros
e solistas interpretavam os textos bíblicos sobre os quais eram compostas as
músicas que acompanhavam as partes das missas. Muitas igrejas tinham seus
músicos residentes, que compunham novas músicas regularmente, especialmente
para os ciclos da Semana Santa, o que fez com que o repertório de músicas
sacras alcançasse volume expressivo de obras ao longo da história.
O
mais ilustre compositor que um dia assumiu essa função foi Johann Sebastian
Bach e, no Brasil, o grande destaque foi o Padre José Maurício. O Quarteto
Colonial, formado por Doriana Mendes, Daniela Mesquita, Geilson Santos e Luiz
Kleber Queiroz, apresenta no projeto Sonora Brasil a música sacra brasileira de
concerto, partindo da obra do Padre José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830),
que foi mestre de capela da Sé do Rio de Janeiro e, posteriormente, da Capela
Real, passando por compositores de vários períodos até chegar nos da
atualidade.
Um
dos grupos vocais brasileiros de maior destaque na música clássica da
atualidade, o Quarteto Colonial, formado por cantores com vasta experiência no
panorama da música de concerto carioca, foi idealizado em 2003 pela regente e
cravista Maria Aida Barroso, com a finalidade inicial de divulgar a obra a
cappella do Padre José Maurício Nunes Garcia. O evento inicia às 20 horas e tem
entrada franca e classificação livre.
Formação
Doriana
Mendes (soprano)
Daniela
Mesquita (Mezzo-soprano)
Geilson
Santos (tenor)
Luiz
Kleber Queiroz (barítono)
Direção
musical: Maria Aida Barroso
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