quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Negras Memórias

Joinville

A 2ª Semana da Consciência Negra promoveu ontem à tarde (17) o segundo encontro "Negras Memórias". Um momento para reunir e homenagear negros que ajudaram a construir um pouco da história de Joinville.

Entre eles estava Oscar Rodrigues, 84 anos, que considerou o encontro importante para manter forte o movimento negro na cidade. Nascido e criado em Joinville, Oscar já foi presidente, em 1972, da Sociedade Kênia Clube, conhecido como o clube mais tradicional da cultura negra de Joinville.

Oscar enfatizou que o preconceito contra o negro "mudou completamente". É só prestar atenção nas novelas, disse. "A TV está mostrando homem branco casando com mulher negra e homem negro com mulher branca. Isso ajuda a reduzir o preconceito". E dá o seu exemplo. "Minha primeira mulher, já falecida, era negra. E hoje sou casado com uma branca", contou.

O evento aconteceu na Estação da Memória e foi precedido pela apresentação do Grupo de Capoeira Beribazu. Incluiu a distribuição do Estatuto da Igualdade Racial, criado pela lei nº 12.288 de 20 de julho deste ano, e visita à exposição de trabalhos de alunos das escolas municipais com o tema "África".

A presidente do Comitê Gestor de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Raquel de Queiroz, destacou a participação das entidades do movimento negro no planejamento da Semana da Consciência Negra, que está promovendo atividades em diferentes espaços de Joinville. "Sabemos que a nossa caminhada é longa, mas já estamos na agenda da cidade", disse.

A gerente de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Joinville, Elizabete Tamanini, também destacou o trabalho intersetorial que vem sendo feito desde a primeira edição da Semana, no ano passado. "Várias secretarias e unidades da Prefeitura estão trabalhando em conjunto para unificar as ações", enfatizou.

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