Uma pessoa para contar várias histórias distribuídas em cinco cenas com bonecos que representavam uma gama de personagens reais, porém, mostrados pelo imaginário de “El titiriteiro de Banfield”, o ator, diretor e manipulador de bonecos, o argentino Sérgio Mercúrio. A apresentação foi sábado à noite, no centro social da igreja Matriz Puríssimo Coração de Maria.
Ao olhar para os bonecos manipulados por ele, o público é transportado para outro mundo, onde as pessoas são mais caricatas. Cada personagem conta uma ou duas histórias vividas pelo próprio manipulador, mas não é Sérgio quem as relata. A perfeição na hora de mostrar ao público o trabalho de anos é tamanha, que faz a plateia acreditar num boneco poder fumar.
Mesmo com todas as características de bonecos, no palco eles não são apenas espuma moldada com formas humanóides. Eles se criam vida própria, a ponto de Bob, o último a aparecer, se livrar do manipulador para viajar pelo mundo sozinho.
A interação com o público é grande. Em quase todos os momentos, especialmente com Bob, o manipulador deixa o espaço seguro do palco para se juntar ao público, conversar e brincar com cada um. Mesmo quando se envolve com um participante que não possui respostas diretas (o que é mais difícil de acontecer nesse tipo de interação) o bonequeiro faz daquilo uma forma a mais de divertir os espectadores e ali surgem apelidos para personagens a serem destacados dentro do público como Che Guevara, Dunga, Jesus e Chapeuzinho Vermelho.
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