Amanhã (5) às 16 horas, o Teatro Sesc recebe a peça "Sacy Perere - A lenda da meia noite". Entrada franca e classificação livre.
Brasil, no alto de seus 500 anos de fé e religiosidade, é um país com um rico imaginário popular, capaz de construir inúmeras lendas e mitos. De todas elas, a do SACY PERERÊ talvez seja uma das mais originais, fruto da superstição do índio, do negro e do português, misturando o bom e o mau com certo desequilíbrio. Ele é um filho do vento, uma criatura da noite que em suas rápidas aparições provoca medo, é peralta e gosta de caçoar do próximo, tudo isso envolto em sua aura de criança. | |
É como disse Lobato: "O povo é o grande criador, e o artista tem por missão operar como instrumento estético e harmônico aos seus esboços". | Monteiro Lobato, um de nossos maiores escritores de livros infantis e fonte de inspiração deste espetáculo, foi o primeiro escritor a registrar as histórias sobre o misterioso SACY. Um trabalho de pesquisa de opinião sobre o perneta, chamado inicialmente de "Mitologia Brasílica", foi iniciado e editado por Lobato em janeiro de 1917, no jornal Estadinho - antiga edição vespertina do jornal O Estado de São Paulo - e lançado no ano seguinte como livro, sem assinatura do autor, e com o título de “O Sacy Perêrê: Resultado de um inquérito". Nele foram registrados depoimentos, relatos de histórias e causos populares, com diferentes opiniões sobre suas aparições e hábitos. A montagem da Cia de Teatro Lumbra, de Porto Alegre, é inspirada neste livro, ponto de partida para uma pesquisa e experimentações com o teatro de sombras e o sobrenatural. |
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