segunda-feira, 25 de julho de 2011

Chaplin e Comédia de l'arte

Rio Negrinho

Sábado foi dia de apresentar tudo aquilo que foi aprendido no último pelos alunos da oficina de teatro do bairro São Pedro. O grupo foi formado por crianças e adolescentes que cursaram a oficina dentro do programa de regularização fundiária do loteamento Colônia Miranda.

Na primeira sessão da tarde, a apresentação foi atrapalhada por um bebê que chorava na plateia logo depois do surgimento do professor Fábio Beckert, trajado como Charles Chaplin, para mostrar o trabalho dos alunos da manhã. A esquete era uma pequena homenagem ao vagabundo mais famoso do mundo e popularizado no Brasil pelo nome de Carlitos. Na cena, ele acorda atrás de um banco de praça quando uma senhora chega e prepara um sanduíche para ela. O vagabundo consegue pegar o sanduíche para si, mas perde o alimento para um menino de rua que passava.

Depois do surgimento de Chaplin, na apresentação, o bebê não parou mais de chorar e ficou difícil ouvir as crianças da segunda peça. Na primeira, por ser Chaplin, apenas um fundo musical ditava o ritmo da comédia. Apenas quem acompanhou as apresentações às 15 horas, conseguiu ouvir as personagens da comédia de l’arte – Pantaleão, Arlequim, Colombina e Pierrot – na adaptação escrita pelos próprios alunos. “Foi uma peça escrita às pressas, com poucos ensaios, pois muitos alunos deixaram a oficina por outros compromissos e não conseguimos repor esse trabalho”, explica o professor Fábio Beckert.

A adaptação feita pela turma da tarde conta, além das personagens clássicas já citadas, com duas clowns (palhacinhas) apresentando o início e o final do espetáculo, e mais um coronel, por quem Colombina se apaixona, para desgraça do já enamorado Pierrot. As aulas foram ministradas por Fábio Beckert e Deisi Correa, ambos da Cia Teatral Nós em Cena. No início, o projeto previa seis meses de aula com as apresentações no final do ano passado. O trabalho foi estendido e culminou com as peças na tarde de sábado.

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