Ontem, 12, a Fecampo (Fundação Educacional de Campo Alegre) aniversariou. São 25 anos de trabalho pela cultura. Foi nessa data, em 1986, que a prefeitura municipal fez a doação de recursos, na época 10 mil cruzados, para o início do patrimônio. Desde então, a Fecampo dedica-se à preservação e valorização do artesanato, através de cursos para a comunidade.
A entidade nasceu de um Clube de Mães informal, que se reunia na Sociedade Amigos de Campo Alegre (Saca). Com o incentivo do Lions Clube local, apoio financeiro da prefeitura, das irmãs da Casa Bethânia e doação de terreno pelo Estado de Santa Catarina, a Fecampo reformou e ampliou uma antiga fábrica de móveis desativada, construiu duas salas de aula, uma marcenaria e uma oficina de cerâmica. O Rotary Clube também contribuiu com a doação, em comodato, de máquinas para a marcenaria, tornos e forno elétrico para a secagem da cerâmica.
Em 2010, a fundação foi selecionada em um edital do Ministério da Cultura e do Governo do Estado e tornou-se Ponto de Cultura da região. Com isso, recebe uma verba federal, durante três anos. “A primeira parcela foi recebida no ano passado e empregada na ampliação de cursos e aquisição de equipamentos do laboratório de informática”, informa a presidente Elisabeth Kestering. Pintura, marcenaria, artesanato em argila, dança, teatro e informática foram os cursos oferecidos graças à parceria com o Minc.
A especialidade da Fecampo é o artesanato feito com lã de ovelha. A técnica milenar da tecelagem sobrevive através do aproveitamento da lã natural de ovelhas da região. O produto passa pela lavação, tingimento, cardagem e tecelagem para confecção de acolchoados, tapetes, palas, ponchos, mantas, entre outros itens de vestuário e de decoração. “Todo o processo é manual”, garante Elisabeth. Os produtos são comercializados em uma pequena loja, na sede da Fundação e também em eventos como a Festa da Ovelha, Festival de Inverno e outras exposições na região. “Já tivemos encomendas de acolchoados até para os Estados Unidos”, conta a diretora Evelyn Ehlke.
Desde o ano passado, a Fecampo também passou a dar cursos de tecelagem em tear manual nas localidades do interior do município e nos bairros da cidade. O aprendizado, em muitos casos, acaba reforçando a renda familiar.
Elisabeth destaca a colaboração das diretorias anteriores e de todas as pessoas e entidades que fizeram parte da trajetória da Fecampo nesses 25 anos. “Muita gente faz parte dessa história que é resultado da soma de muitos esforços”, observa. A Fecampo localiza-se às margens da SC 301, nº 8457 e o telefone para mais informações é (47) 3632-2492.
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