Baú fechado e cadeado, assim terminou na sexta-feira à noite a primeira parte de uma história que inicia agora e só verá o resultado daqui a 20 anos. O fechamento da cápsula do tempo ocorreu, conforme programado, às 20 horas, sob a presença de poucas testemunhas.
O baú se encontra no Museu Histórico Municipal Dr. Felippe Maria Wolff. Há algumas semanas se iniciou uma campanha na cidade para a coleta de itens, cartas e tecnologia atual para ser guardada no móvel. Até o início da semana passada, apenas uma carta fora levada ao museu. “O pessoal começou a trazer mesmo depois de quarta-feira”, comenta o curador Carlos Campestrini, idealizador do projeto.
Os últimos envelopes com mensagens chegaram pouco antes do baú ser fechado. Sérgio Sestrein Jr e Patrick Bendt Kock levavam os itens. Patrick fez o depósito em nome da irmã, Kathryn Soraya Kock. Ao todo, 110 doações foram feitas entre cartas, contos, aparelhos celulares de última geração, relógio de dedo e as cinco edições de A Gazeta, contando a história dos museus da região pela comemoração da Semana Nacional dos Museus.
Uma lista com o nome de todos os doadores será colocada em um quadro junto com a chave do cadeado. O quadro ficará pendurado na parede, logo acima do baú. A opção de colocar apenas o nome dos doadores e não o que foi colocado na cápsula do tempo serve para não estragar a surpresa de quando o baú for aberto no dia 20 de maio de 2031. “Assim valorizamos os doadores, mas vamos ver se eles se lembrarão o que doaram daqui 20 anos, isso se a data de abertura não for adiada por mais alguns anos”, opina Campestrini.
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