quinta-feira, 9 de junho de 2011

Peça sobre bullying e Gabriel o Pensador na feira

São Bento do Sul

Hoje ocorre um dos momentos mais esperado, se não o mais esperado pelos freqüentadores da Feira do Livro. O músico e escritor Gabriel, o Pensador, irá participar de uma conversa com os estudantes e distribuirá autógrafos na Sociedade Atiradores 23 de Setembro às 14horas. À noite, a partir das 19 horas, ele estará na Sociedade Ginástica e Desportiva São Bento.

Gabriel é um dos maiores nomes do rap brasileiro. Suas letras trazem críticas sociais e morais. Filho da jornalista Belisa Ribeiro, ele apareceu no fim de 1992, quando ainda era estudante de Comunicação Social na PUC do Rio de Janeiro, com a música "Tô Feliz (Matei o Presidente)". O personagem da letra era Fernando Collor de Mello, o qual tinha acabado de renunciar ao cargo frente a um processo de impeachment (e de quem Belisa tinha sido assessora).

Contratado pela Sony Music por causa do sucesso da música (ainda que censurada), Gabriel lançou em 1993 seu primeiro e homônimo disco (Gabriel o Pensador), que ganhou as rádios com as ácidas, porém divertidas, "Lôraburra" e "Retrato de um Playboy", além de "Lavagem Cerebral".

Cavaleiro Andante foi o sétimo disco de Gabriel, o Pensador, lançado em 2005. No novo trabalho, o rapper recriou "Pais e Filhos", sucesso da Legião Urbana, em "Palavras Repetidas", apresentando ainda mais dez composições marcadas por suas letras fortes e elaboradas. "Tudo na Mente", "Sem Neurose", "Sorria" (com participação do grupo Detonautas Roque Clube) e "Tempestade" são outros destaques do CD.

Mas não é por causa de sua música que o artista participa da Feira do Livro. Ele estará ali para dar autógrafos sobre o livro “Um garoto chamado Rorbeto”, lançado em 2005 pela editora Cosac Naify.

O personagem do livro morava em uma vila sem gás e energia elétrica. Ele possui seis dedos em uma mão. Ao aprender a escrever com essa mão, descobre ter a letra mais bonita da classe. A obra é quase uma autobiografia, onde Gabriel o Pensador conta uma história cheia de ritmo e da 'verdade comovente' que Ziraldo observou no compositor - e agora colega na literatura infantil.

A secretária de Educação Salete Spitzner estava animada com a melhora no tempo ontem. Na terça-feira, conforme levantamento da secretaria, pelo menos 800 pessoas compareceram à feira, dentre alunos e professores. “Não conseguimos contabilizar pessoas da comunidade, nosso termômetro são os bônus que distribuímos para estudantes e professores”, conta. Devido ao sol de ontem, a expectativa é de aumento no público, em comparação à terça-feira chuvosa.

Ela acompanhou e se encantou com a peça “Era só uma brincadeira”, apresentada pela Associação Teatral Arlequim, na tenda alternativa de manhã e à tarde. Hoje, o espetáculo é reapresentado à noite, na Sociedade Ginástica. A peça traz reflexões sobre bulliyng de forma descontraída. “É um assunto que existe há anos nas escolas, mas agora que tem lei é que se fala em bullying”, observa Salete.

No ano passado, profissionais de educação, pais e professores participaram de uma palestra com promotora do Ministério Público do Estado sobre o assunto. Material confeccionado por ela foi distribuído nas escolas. Este ano, a secretaria objetiva trabalhar assuntos como drogas, violência, valores e recursos públicos, além do bullying. Entre os materiais a serem utilizados está o gibi da Turma da Mônica adolescente, onde Cebolinha usa drogas, bem como livros e internet.

Marcela de Deus Bueno, 11 anos, estuda no 6º ano da escola Emílio Engel e é uma contadora de histórias. Quando menor, não gostava de livros, mas bastou pegar o primeiro que nunca mais parou de ler. Hoje lê cerca de 10 obras por mês. Ela costumava ganhá-las de uma especialista em educação. Graças ao incentivo de professores, se tornou uma contadora de histórias na instituição de ensino onde estuda. Ontem, comprou apenas dois, um para a sobrinha e outro para a irmã, a qual já é casada e tem dois filhos.

Já os amigos Lucas Manoel Schwirkovski e Felipe Gonçalves Anders, ambos com 9 anos, não leem tanto. Felipe comprou apenas uma revista. Lucas levou três livros. Ele participou de uma coletânea literária sobre trânsito, lançada ano passado. De autoria do estudante, estava uma poesia.

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